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Depois de duas safras sob influência do La Niña, cenário deve mudar com a chegada do El Niño

05 de julho de 2012.

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Depois de duas safras sobre a influência do La Niña - 2010/2011 e 2011/12 - a agricultura agora deverá ser influenciada pelo El Niño. Os efeitos do fenômeno climático, segundo meteorologistas, já poderão ser sentidos nesse início do terceiro trimestre de 2012.  

Como explicou Mozar Salvador, meteorologista do InMet (Instituto Nacional de Meteorologia), desde o final do La Niña, em meados de abril e maio, as águas do oceano Pacífico já começaram a se aquecer e os dados avaliados até agora confirmam essa tendência da presença do fênomeno. São necessários cinco meses consecutivos com as águas 0,5 grau acima da média para que se confirme um El Niño, como explicou o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antonio dos Santos.  

Como características específicas dessas condições climaticas estão as chuvas acima da média na região Sul do Brasil e abaixo da médias no Norte e Nordeste do país. Além disso, há ainda o aumento das temperaturas no Sudeste.  

No entanto, é preciso atenção. Apesar dessa tendência que indica a incidência do El Niño - que deve ter intensidade entre fraca e moderada - ser bastante forte, um comportamento atípico das águas do oceano Atlântico poderiam alterar as características típicas do fenômeno, como aconteceu com o La Niña no fim de 2011 e começo deste ano. "Há essa possibilidade. Mas ainda é muito cedo para dizer se isso poderia ocorrer", diz Salvador.  

Agricultura - Essa mudança climática exige atenção redobrada dos produtores rurais, que dependem fundamentalmente de boas condições para garantirem suas safras, além de planejamentos e estratégias baseando-se nessas previsões. 

O que explicou Marco Antonio é que nos próximos meses deverá se encerrar o período de seca no Sul do país - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - e não deverão ser registradas chuvas no Centro Oeste ou no Sudeste. "Essa é uma fase em que vão se manter as frentes frias no Sul do Brasil", diz.  

Sendo assim, no Sul, as condições deverão ser favoráveis para a cultura de grãos e para as pastagens. O risco de geadas frequentes deverá ser reduzido para o restante do inverno, o que é positivo para a produção.  

No Rio Grande do Sul, os produtores agora voltam suas atenções para o plantio das culturas de inverno, principalmente o trigo, depois da quase concluída colheita do milho safrinha. Os trabalhos deverão ser beneficiados pelas boas condições de umidade do solo.  

Já em agosto, as chuvas devem voltar ao Centro Oeste e ao Sudeste do país, o que poderia afetar a finalização da colheita do café. Atualmente, os cafeicultores já sentem esse efeito, com a colheita atrasada e a qualidade dos grãos comprometida pelo excesso de precipitações. 

Outra cultura que deverá ser afetada é a cana-de-açúcar por conta da antecipação das chuvas podendo comprometer o bom desenvolvimento da colheita. O cenário será, segundo o agrometeorologista da Somar, semelhante ao visto em 2009, que foi quando foram vistos mais dias dos trabalhos paralisados. 

Autor:   Carla Mendes

Fonte:  Notícias Agrícolas

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