Grupo Empresarial Herter
O grupo Herter é constituído por um grupo de empresas que tem como base o setor agropecuário, e que vem de uma tradição na atividade rural a mais de 70 anos.
Com fundos de volta e previsão de chuva nos EUA, soje tem novas altas de dois dígitos na CBTO
17 de maio de 2016.
Com fundos de volta e previsão de chuva nos EUA, soja tem novas altas de dois dígitos na CBOT
Publicado em 17/05/2016 12:58 e atualizado em 17/05/2016 15:42
As altas para a soja começaram o dia tímidas na Bolsa de Chicago, mas foram ganhando força e, por volta de 12h (horário de Brasília), já passavam de 13 pontos nos principais vencimentos, levando o agosto a alcançar os US$ 10,80 por bushel, enquanto o novembro/16, referência para a safra dos Estados Unidos, era negociado a US$ 10,66.
Assim, e com a estabilidade do dólar frente ao real e mais prêmios altos sendo pagos nos portos, preços em alta no Brasil. Em Paranaguá e Rio Grande, as cotações no mercado futuro sobem 1,14% para R$ 89,00 por saca. Já para a soja disponível, estabilidade nos R$ 86,00 no terminal paraense e ganho de 0,59% para R$ 85,00 por saca no gaúcho.
Bolsa de Chicago
Os fundos voltaram para a ponta compradora do mercado na sessão desta terça-feira (17), depois da ligeira realização de lucros registrada ontem, e diante de fundamentos ainda positivos para os futuros da oleaginosa, principalmente ligados ao clima. A volatilidade, assim sendo, permanece como palavra de ordem.
"Estamos na primeira fase do mercado climático americano e os mapas, dependendo de casa, são atualizados pelo menos três vezes ao dia", alerta a analista de mercado Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora. Por hora, as condições seguem favoráveis para o desenvolvimento do plantio da temporada 2016/17, tanto para a soja, quanto para o milho. A exceção fica por conta de alguns pontos onde há chuvas excessivas.
Ainda de acordo com informações apuradas pela Labhoro, o tempo no Meio-Oeste americano se mantém predominantemente seco e qualquer acumulado de chuvas não deve passar de 25 mm, com exceção do sul de Illinoins, Indiana e Ohio. Sobra as temperaturas, as mesmas começam a aumentar, porém, seguem abaixo da média para o período, e esse deverá ser o padrão pelos próximos 7 a 8 dias.
Ainda dentro desse quadro, chama a atenção dos analistas o período dos próximos 10 a 15 dias no Corn Belt para o qual já começam a ser previstas chuvas mais fortes, o que poderiam, se confirmadas, provocar uma nova onda de boas altas em Chicago ao passo em que fossem comprometendo o andamento dos trabalhos de campo.
De acordo com o boletim semanal de acompanhamento de safras reportado nesta segunda-feira (16) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - e considerado neutro por analistas internacionais -, o plantio da oleaginosa já havia sido concluído em 36% da área até o último domingo (15), contra o número da semana anterior de 23%. Em 2015, neste mesmo período, porém, a semeadura já estava pronta em 41% e a média dos últimos cinco anos é de 32%. O USDA informou ainda que 10% das lavouras já emergiram, frente aos 11% do mesmo período do ano passado e dos 9% de média.
O mercado da soja na CBOT, porém, ainda acompanha também as condições climáticas na América do Sul, onde se conclui a safra 2015/16 e onde, em determinados pontos importantes as lavouras de soja seguem perdendo qualidade em função de adversidades.
Commodities e dólar
No cenário geral, as demais commodities também avançam nesta terça-feira, com destaque para uma alta de mais de 2% do algodão em Nova York e do trigo, em Chicago, além do petróleo, que sobe mais de 1% e já supera os US$ 48,00 por barril. Ao mesmo tempo, o dólar index exibia ligeira baixa no exterior, enquanto, no Brasil, o dólar comercial trabalhava com estabilidade, testando os dois lados da tabela.
Por volta de 12h40 (Brasília), a moeda norte-americana subia 0,015 para ser negociada a R$ 3,505. Do mercado financeiro internacional vieram bons dados da economia norte-americana, o que poderia fortalecer a ideia de uma alta na taxa de juros do país mais adiante, e internamente, o foco está na cena política e hoje, principalmente, na chegada de uma nova equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
"Os nomes agradaram e o mercado reagiu bem", resumiu o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado, referindo-se à abertura em queda do dólar à agência de notícias Reuters.
No entanto, os investidores estão atentos ainda ao sinal verde dado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a liberação do julgamento no plenário da Corte uma ação que pede a abertura do processo de impeachment contra o presidente interino da República, Michel Temer.
Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Noticias Agrícolas
